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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Rio Zambeze, o quarto gigante!



O Rio Zambeze, o 4º maior de África, nasce menino pequeno na Zâmbia e vai-se fazendo adulto ao longo de 2700 quilómetros, algumas vezes com personalidade forte e austera, quando se sente estrangulado em apertadas gargantas, outras de calma , mas sempre imponente, quando se espraia em amenas planícies.
É no Lago Vitória que, depois dum sufoco de 1,5 Km, se liberta em deslumbrante queda de 100 metros - só superada pelos 400 m de Niagara -, e que dá origem ao lago cuja atracção turística se mantém desde o remoto ano de 1904, ano em que foi erigido no local um luxuoso hotel, onde se hospedou o Rei Jorge VI quando, em 1946, visitou a região.
Dominada na Barragem de Kariba a marcha livre das suas águas, estas voltam a ser aprisionadas já em território moçambicano por mais um colosso de betão que é a Barragem de Cabora Bassa, dois empreendimentos que visam o aproveitamento energético desta imensa massa de água.
Banhando seis países, Zâmbia, Angola, Namibia, Botswana, Zimbawé e Moçambique, o Zambeze tem, ainda, a particularidade de servir de fronteira entre a Zâmbia e o Zimbawé ao longo de 300 Km!
É a seguir a Cabora Bassa que o nível das suas águas varia entre os oito e os quinze metros de profundidade, engrossando quando, rumo ao repouso final no Índico, recebe no seu já vasto leito as águas do Shire, alimentado pelo Lago Malawi.
Daí até à foz o gigante acalma no suave declive que o há-de levar até à oceânica morada final, enriquecendo as margens com os seus ricos sedimentos e onde confraterniza, alegremente, com extensos mangais, enquanto vai dando sopros de vida às gentes que perto dele se abrigam e cultivam e de quem é benfeitor e padrinho amigo, mas também irado carrasco quando se enfurece a sua Mãe Natureza.
É num imenso Delta que os seus numerosos braços, já cansados de tão longa jornada em que o seu corpo foi protagonista duma autêntica odisseia pelo continente africano, enlaçam o Índico, numa frente que se estende por cerca de 120 Km.
E o autor deste escrito, cioso de conhecer mais sobre este longínquo viajante, pleno de vida e de força, só lamenta ter-se limitado ao convívio com os seus pequenos primos Messalo, Montepuez e Lúrio, mais a norte do país cuja idílica e multifacetada paisagem lhe vem conferindo o estatuto dum dos mais apetecíveis destinos turísticos da África Oriental.