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domingo, 29 de julho de 2012

Lebre ou disparate governamental?!






 Quando as lebres nos surgem , em corrida louca, nunca se sabe a que couto pertencem. Depois, as espingardas descarregam, a torto e a direito, o que importa é que a bojarda faça barulho!
 Não sei se por desatenção, é justo que o antecipe, nunca ouvi da boca de qualquer responsável ministerial, a tão discutida criação das listas negras dos devedores às empresas que, sendo privadas, prestam serviço de interesse público, como a EDP, GALP e congéneres.
  O facto é que a lebre, lançada pelo Governo, pela Comunicação Social, pela Oposição ou por qualquer mexilhão mediático, anda por aí, em debates acesos, com foros de escândalo e notório repúdio nacional.
  Sendo, por princípio natural, exigível que as dívidas se paguem, também não nos parece ser de bom senso que um Governo, no exercício das suas funções constitucionais, sobretudo este que se propõe - e bem, na minha perspectiva -, libertar o Sector Privado do peso do Estado, tome para si as dores das grandes empresas privadas e se lhes substitua nas acções de recuperação de dívida, tal qual homem do fraque ou regedor moral e da devassa dos "caloteiros".
 Esse mister cabe, por direito e dever, às empresas que fornecem os serviços, que têm à sua disposição os dispositivos legais para serem ressarcidos dos bens postos à disposição dos seus clientes.
 E, neste âmbito, o único e válido contributo do Governo, advém da obrigação do Estado em manter actuante e rápida uma Justiça que tarda em afirmar-se e a quem cabe a resolução dos conflitos de consumo que lhe sejam presentes pelos contribuintes, sejam eles cidadãos individuais, quer empresas ou Grupos.
 Pressinto que a famigerada "Lista Negra" só pode ser mesmo lebre. Se o não for, não passa dum tremendo disparate ou da confirmação do que há décadas se propala, da tal promiscuidade entre as grandes empresas e os altos servidores do Estado, conhecendo nós como um e outro sector são a mesma mesa de ténis, onde estes últimos saltitam para um e outro campo, como bolas de ping-pong!....

(Por opção, o Vouguinha2 não respeita o recente Acordo Ortográfico)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O Autocarro das bandeirinhas...

..... circula e fumega, raivoso, na rota dos Mercedes e Audi governamentais. Pára na berma, distribui as bandeirinhas, depois protesta, urra, insulta e  parte para recolha de outra tripulação fornecida pela mesma empresa...
 São mil e uma as razões para o descontentamento. São "milhentos" os motivos de indignação para com as medidas deste e de todos os governos das últimas décadas. Não é isso que me leva a estranhar a forma pouco ortodoxa como esses pequenos, mas ruidosos, protestos, são ensaiados pela tripulação residente desse autocarro que não é o do amor!
 Gatunos e mentirosos, os rótulos mais usuais para colar na recepção de qualquer dos  membros do Poder, seja a visita a Alguidares de Baixo ou a Aveiras de Cima. A Parada é sempre a mesma, as honras são as ensaiadas, não variam substancialmente.
 Não vem, daí, mal ao Mundo, nem afronta ao País, que o Povo só lamentaria deixar de assistir a festival tão rotineiro, que já ganhou mais estatuto que os foguetes nas festas de Verão, em agonia devido aos incêndios.
 Mas, ainda assim, ver Mário Nogueira, acompanhado pelo "autocarro" de professores, os educadores dos nossos jovens, também eles, como todos nós, vítimas dos logros políticos de muitos anos, com tantas razões como os demais portugueses, para se lamentarem da onda madrasta que nos vai afogando, usarem da  linguagem habitual do autocarro, com o insulto sempre presente, leva-me a duvidar do Futuro da Educação nestas terras de poetas, santos e cientistas! Os seus potenciais alunos, estão lá, defronte das televisões, vendo e ouvindo, aprendendo como se reage quando não são satisfeitas as pretensões de cada um. As crianças, a quem é suposto inculcarem respeito e comportamento cívico, são as que, a partir de Setembro, se sentarão à sua frente e para quem são como se usa dizer "um exemplo a seguir"...e, neste plano, mal é que se "vire o feitiço contra o feiticeiro"....
 Pela boca, morre o peixe, pelo insulto, morre a Educação!

terça-feira, 24 de julho de 2012

LA SIESTA!





 A tão enraizada "siesta" dos nossos vizinhos está em perigo!
 Não é hora para dormir, nesta Europa que só nos causa pesadelos.....

segunda-feira, 23 de julho de 2012

João Cosme, um fotógrafo vouzelense...



... que, para lá da Arte, se revela um verdadeiro amante da Natureza!
É de sua autoria esta e outras que podem ser admiradas em:

http://www.comercialfoto.pt/blog/20125/joao-cosme-fotografo-de-natureza-objectivas-sigma.aspx

Que o pulmão de Lafões seja poupado!



Última hora: ao início da tarde, deflagrou um incêndio na Penoita, Vouzela, uma das mais belas regiões do País!
Paulo De Lemos Quintela, um sampedrense, estava atento e testemunhou o início. É dele a autoria desta foto, de que tomei a liberdade de trazer até ao Vouguinha.
Um pulmão como o de Lafões não merece, nem pode, ser queimado!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Ab irato, Eminência?!



Nem tanto na Terra, nem tanto no Céu, Eminência (que não é parda...)!
No conforto de 4.400 € mensais, mandar o 8º mandamento às malvas.....e, ab irato, sem justificar quais são e como são os corruptos do Governo, para lá das tiradas de demagogia barata, não fica bem a um homem de Deus, mesmo que levante a Cruz no alto da armadura de guerra!
Às alternativas, disse nada. Questionado se toda a "desgraça" que desfiou como as contas dum rosário, e das malfeitorias que atribui ao actual poder, não seriam, também, de atribuir ao anterior governo, deixou-me esclarecido: não estava ali para "falar de Política",!!!
Valha-nos, Santa Rita, modelo de paciência!
Orat pro vobis!

domingo, 15 de julho de 2012

Nós somos assim?!

 E, porque parecemos ser, ouso tomar a parte pelo todo:
- Não esquecemos, e já lá vão séculos, que D. Afonso bateu na mãe, recordamos, a toda a hora, as prepotências de Salazar, de há décadas, mas olvidámos já que, bem recentemente,  há pouco mais de um ano, se fechou um ciclo de seis anos de política de criminoso esbanjamento e de negócios públicos pouco transparentes, com que Sócrates e os seus homens de mão asfixiaram as Finanças e a Economia deste País, deixando-nos de mão estendida e à mercê de entidades credoras estrangeiras.
- Manifestamos (e insultamos) nas ruas o nosso repúdio pelas medidas do actual carrasco e esquecemos e perdoamos a quem nos mandou para este cadafalso.
- Exigimos reformas, um novo rumo para o País, mas insurgimo-nos sempre que os actuais mandantes tentam mexer com a (des)ordem estabelecida ou acabar com vícios instituídos.
- Clamamos, de há muito, que, a nível salarial, somos uma Sociedade desigual e desequilibrada, em que os exorbitantes salários de alguns são uma ofensa gritante aos baixos vencimentos dos trabalhadores menos afortunados, mas colocamo-nos ao lado dos primeiros -  e batemos palmas às suas manifestações - sempre que quem governa ousa cortar-lhes regalias exageradas.
- Lamentamos, sofridos, das medidas duras que nos cerceiam a bolsa,  condenamos os défices astronómicos e os excessivos gastos das empresas do sector público e, por via disso, e justamente, do encerramento 
de estruturas de carácter social, mas aceitamos e comungamos das lutas empreendidas por grupos de melhor estatuto económico sempre que se manifestam na ruas e nos privam de transportes e cuidados médicos.
- Queremos mudanças na Justiça, o fim da corrupção e do compadrio, mas silenciamos quando a principal oposição no Parlamento exulta e aplaude o chumbo do "enriquecimento ilícito" no Tribunal Constitucional.
- Andámos anos a clamar pela extinção dos Governos Civis, os tais comissariados dos partidos no poder nos distritos, mas nunca viemos a público rejubilar quando se deu esse passo.
- Somos um Povo que se tem em boa conta nos critérios de inteligência e, no dizer de muitos, desconfiado, mas, tal como nos produtos publicitados e nas crendices televisivas, que corremos a comprar, fazemos eco e diapasão das balelas e retóricas gratuitas e propagandistas dos habituais e residentes vendedores da banha da corda partidária que nos manipulam por detrás do ecrã e nas grandes parangonas dos tablóides.
- Julgamo-nos atentos, avisados, honestos e fiéis aos compromissos assumidos e andamos de boca cheia apregoando que somos diferentes dos gregos, mas é para as calendas gregas que despejamos esses valores, quando nos iludimos com a demagogia barata e pelo populismo fácil, que nos é acenada por alienados e iluminados do "quanto pior melhor", para que sejamos mais uma Grécia, nesta Europa que eles sempre renegaram.
- Pugnamos, desde sempre, por uma Educação e preparação para a vida activa dos nossos jovens mais eficaz, mas rebelamo-nos contra todas as medidas que impliquem mais exames e exigências no Ensino e, se calámos quando se encerraram escolas do Interior e obrigaram os nossos filhos a serem diariamente despejados em armazéns escolares, ora tomamos as dores do professorado que  teme pela perda de lugares, em resultado das "madrassas" então gizadas e construídas.

- Irritamo-nos, com toda a razão, contra canudos universitários atribuídos com facilitismos de vária natureza, como no caso dum Ministro, mas não compreendemos o que leva algumas Ordens Profissionais a dificultarem o acesso ao seu seio de licenciados do "Bolonha", que concede diplomas num tempo de ensino tão breve como o tempo gasto dum burro a comer fardo de palha.
- Zangamo-nos com os autarcas por não terem verbas disponíveis para a manutenção das escolas do 1º Ciclo, não zelarem pela conservação das vias municipais, mas somos os mesmos que aplaudimos e tecemos loas aos responsáveis dos municípios quando vimos crescerem pavilhões desportivos e piscinas como cogumelos, ora de portas abertas às moscas, que falta gente e dinheiro para a sua manutenção.
- Queremos, em suma, que Portugal mude e se regenere, em nome das gerações vindouras, mas gritamos por delongas e  mais dívida futura e fazemos finca-pé para que tudo fique na mesma.

Afinal, nós somos assim, o Povo que sempre fomos: queremos sol na eira e chuva no nabal!

(Por opção, o Vouguinha2 não respeita o recente Acordo Ortográfico)






terça-feira, 10 de julho de 2012

Humor e hipocrisia lobista?

A frase do dia:

 "fazemos a greve pelos doentes"







Acrescento eu: especialmente, pelos que tinham consultas e intervenções cirúrgicas marcadas para os dias dessa luta tão altruísta e devotada aos que sofrem...

Hipócrates ou Hipocrisia?

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Balança dos Tribunais!

 O Vouguinha2 não tem outra visão que não seja a de que, como verteu por estas páginas, o encerramento de escolas e a consequente criação de "madrassas", centros de saúde, postos dos CTT, com especial ênfase em vilas e aldeias do Interior, mais não são do que fatais impulsos para o definhamento humano, para  a desertificação,  das terras mais afastadas do Mar que beija esta terra de Santa Maria!
 O mesmo temor lhe assiste com o programado encerramento de muitos Tribunais que são marcos de justiça e soberania na maior parte das vilas e cidades dessas regiões. Mas, numa visão menos emotiva, mais pontuada pela Razão, não pode deixar de entender, num período que nos flagela com os raios da Crise, que  há que reformar e cortar nos excessos, para que se não esbanje na carne o pecúlio necessário para o pão.
Há que poupar, há que minimizar custos sem comprometer o acesso da Justiça em todo o território e a todos os que contribuem para que o Estado lhes proporcione a Justiça a que têm direito.
Por motivos profissionais, entrámos, não há muitos anos, em alguns tribunais de vilas do denominado Portugal Profundo e testemunhámos, na maioria dos casos, um exagerado número de funcionários judiciais, em municípios cujos processos mais relevantes não passavam de caseiros desentendimentos por águas ou posse de terras. Imaginámos, para lá da "tagarelice" animada dos muitos servidores, do tédio do Juiz da Comarca e do Procurador da República, em terras de tanta parra e pouca uva!
Sabendo bem do símbolo que representa, diria até orgulho,  para os munícipes, o seu tribunal, imagino uma solução conciliadora em que possam comungar as duas forças em presença: deslocar dos tribunais com menos serviço, os funcionários manifestamente excedentários e afectar o mesmo juiz e delegado do M,P., a dois, três, ou mais tribunais da mesma região, tendo por bitola o movimento processual dos mesmos.
Porque, não nos iludamos, para saltarmos esta barreira económica, nada poderá ficar como antes!
Precisa-se é de bom senso, diálogo e uma avaliação correcta das vantagens e desvantagens que qualquer alteração acarreta e que não pode passar, unicamente, por ponderações economicistas e desenhadas a régua e esquadro por "arquitecto" menos atento à realidade do todo nacional!