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domingo, 30 de setembro de 2012

O GRITO LUSITANO

  Gritamos, em clamor, num misto de lamento e ira, pela falta que o vil dinheiro nos faz!
  Invetivamos este Governo, inculcamos nos rostos do actual Poder todos os malefícios dolorosos que já nos espartilham a vida, e os que, prevemos, vão continuar a apertar o garrote a que estamos sujeitos.
  Não sem alguma, direi mesmo, muita razão. Este elenco governativo, ainda que cerceado de movimentos por imposições externas, não tem sabido gerir politicamente a Crise, sendo notória a falta do tacto requerido para seleccionar e aplicar as, inevitáveis, medidas de austeridade.
  Desenganem-se, porém, os que têm por certeza adquirida, ou simplista visão,  de que as recentes gigantescas manifestações populares, com especial ênfase a de 15 de Setembro, tiveram por motivação a TSU ou as outras medidas anunciadas pelo PM como integrantes do próximo Orçamento de Estado.
  Nada mais falacioso e de vistas curtas! Aqueles propósitos, ainda que desastradamente comunicados, mais não foram de que o fósforo no pavio da carga explosiva  que veio sendo urdida nas últimas décadas, sobretudo, nas últimas duas.
 Sucessivas e incompetentes governanças, marcadas pelo despesismo, pelo amiguismo, num País onde tem campeado a suspeição e a corrupção nos meios políticos e no seu círculo de influências, foram um caldo que foi sendo cozinhado em lume brando, mas constante, a que a falácia da Justiça deu condimento final.

 Foi aí que o Povo foi alimentando o descrédito na Política, nos políticos, nos Partidos, nesta Democracia de rapina.
 Surgida a fase mais aguda e dolorosa da Crise, a mesa do descontentamento, da raiva nem sempre surda, do desalento, da sede por direitos em fuga e de justiça, ficou posta para a revolta popular.
  Podem os actuais mandantes estarem imbuídos das melhores intenções, podem esforçar-se por saltar para o outro lado da falésia, do abismo em que fomos sendo lançados, que o poder de decisão está lá fora, encimado por uma Troika credora, que mais não pretende que preparar o terreno que lhe permita colher os vis frutos da sua sementeira a crédito, e a que estamos comprometidos.
  O pior, em todo este calamitoso cenário, que nos deprime, é que, numa visão pragmática, sem efabulações febris, Portugal e os portugueses, não têm outra saída. Ninguém, de boa fé, o tem apontado, com séria viabilidade, nem existe outro caminho, seja com esta ou com outra gente em S. Bento.
 A percepção que se tem, quando se expurga da Razão, a emoção mediática, e a amargura pessoal  que assiste a cada um de nós, é que, qualquer aventureirismo precipitado, neste momento que vivemos, só nos pode colocar numa situação ainda mais gravosa do que que aquela de que já vimos padecendo. E, neste âmbito e por exemplo, duvido muito que a receita de greves sucessivas, revertam em favor da melhoria das nossas vidas.
  Do que nos devemos penitenciar é que as justas manifestações que ora empreendemos, não tenham ocorrido há vinte, há quinze, há dez, há cinco anos, quando se foi inculcando nos nossos espíritos de cidadania, inebriados por uma União Europeia sem cérebro, que estávamos a ser vítimas da políticas eleitoralistas, de megalomanias perigosas e fúteis, onde floresceu o compadrio, a corrupção ao mais alto nível, enquanto a Justiça ia sucumbindo ao poder do dinheiro fácil e da pilhagem. Como, de resto, este Vouguinha, de há muito, vem alertando!...
 O que nos resta? É continuar a trabalhar, a produzir, e a protestar contra as injustiças, pressionando para que haja equidade, competência e justiça na austeridade por parte de quem governa, mas sem deixarmos de estar atentos aos já muito activos arautos da demagogia e do populismo "Bota Abaixo", que defendem a terra queimada ou um Dilúvio, enquanto nos tentam cativar com um prometido lugar na Arca de Noé.....se e quando conseguirem afundar este País!



   

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O chinesinho limpa o pó!

Vale o que vale, mas vale reflectir sobre isto!
Antes que fiquemos.....de olhos em bico.....

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Kuing Yamang

1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas , ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV! Vivem, portanto, bem acima dos seus meios, porque é preciso pagar estes sonhos ...

2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não
 estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.

3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar 'a conta'.

4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.

5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos 'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.

6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando, mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.

7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!

8. Dentro de uma ou duas gerações, 'nós' (chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacos de arroz...

9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado...

10. (Os europeus) vão diretos a um muro e a alta velocidade...

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Até mais logo, LUIS GOES!

 Para lá dos seus dotes de poeta e fadista de Coimbra, fico a recordá-lo por um episódio singular: no final dos anos setenta (78, 79?), Luis Goes, tinha, em Lisboa,  uma prestação de serviços de médico dentista na minha "empresa" de então. Recorri ao seu serviço para tratamento de um dente e, sem o reconhecer como o famoso fadista, fiquei....diria "aturdido", quando ele, enquanto me expunha as dentolas ao alicate, cantarolava um fado do Choupal. No fim, comentei com alguém tão inesperado concerto e fui esclarecido: era o LUIS GOES!
Fica a sua memória.
Que repouse em Paz

domingo, 16 de setembro de 2012

"O que faz falta é animar a malta..."



A santa velhinha era tão devota, tão devota, que nunca havia cometido um pecado ou, sequer, dito um palavrão.
Quando se foi e subiu aos Céus, mais parecia um foguetão, tal a velocidade que levava...
S. Pedro, o porteiro, abriu a porta para ela entrar e, quando a viu subir a uma velocidade supersónica, gritou aflito:
- Diz MERDA, diz MERDA....que ainda me furas o telhado da Casa!...




Portugal está a ficar frouxo! Os espanhóis ganham-lhe no pau e os tomates ficaram à porta do FMI!



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Imaturidade política...

... não é mesmo propriedade exclusiva de nenhum dos nossos políticos!
Anunciar ao País que vai votar CONTRA o Orçamento, para, logo de seguida, se propor apresentar, na AR, alterações às medidas já anunciadas, esperando que sejam aprovadas, não lembrava a qualquer aprendiz de Arte Política!
  Como soa a demagogia, só entendida no contexto da luta partidária a qualquer preço, exigir um imposto sobre as Parcerias Público Privadas, as tais que os seus correlegionários do anterior Governo blindaram de tal forma que é o Estado quem tem que arcar com a maior fatia das responsabilidades, incluindo taxas fiscais!
 Com "rapaziada" tão "coerente" não iríamos a lado nenhum: continuávamos no mesmo lamaçal em que nos deixaram!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sá Carneiro...

... merece mais respeito!

Eu sei que, juridicamente, o facto de serem "inalienáveis" e "impenhoráveis", não impede que o Estado deixe de os pagar, ou numa linguagem menos frugal, os "roube", mas, sabendo que este pessoal anda sempre a invocar (e bem) a figura de Sá Carneiro, o seu exemplo enquanto político corajoso, ponderado e de visão larga,  porque carga de água lhe incineraram o D.L. 496/80 (ainda em vigor, com alterações pontuais) e mandaram às malvas o espírito do artº 17º nele inserto:
" Artº 17º - Os Subsídios de Natal e de férias são inalienáveis e impenhoráveis" ?
Respeitem o homem, a sua memória, ou, então, deixem de fazer aproveitamento da sua imagem!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Os slogans políticos...

... estão na moda!
São os dirigentes máximos, os secretários, os porta-vozes dos Partidos, nas suas comunicações televisivas; são os militantes nas paredes, nos murais,  no Twitter, no Facebook, todos e em tudo que dê visibilidade e tenha efeitos de propaganda.
Sendo actividade ou prática mais disseminada nos períodos pré eleitorais, deparamo-nos com ela sempre que há um tema da actualidade para explorar.
Os recentes anúncios das medidas orçamentais, pela sua impopularidade, deram aso a uma produção criativa fora do comum.
Vou vendo muitos desses slogans, mas é deste que não enjeitaria ser autor:



A CALCULADORA DO MINISTRO GASPAR...

... é pobre, só faz as contas mais fracas!

Os Reformados do Estado já sabem quanto vai ser a redução na Pensão, os trabalhadores do Privado, já sabem quanto vai ser a taxa para a Segurança Social, já sabem os funcionários públicos e os trabalhadores do Privado quais os subsídios que lhes são cortados, só não sabemos, em concreto, qual vai ser o valor da taxa ou do I.S. para os aviões particulares, para os iates de luxo, para os aforradores em paraísos fiscais e para as habitações das "Mil e uma noites!! Ou o Ministro Gaspar tem apenas uma calculadora para os mais fracos, ou, como diz o Prof. Marcelo (que, de quando em vez, diz algumas coisas acertadas), este Governo é mesmo fraco a comunicar com os Portugueses!

 


Urge que a Central de Compras do Estado encomende uma calculadora dourada para o Ministério das Finanças!

domingo, 9 de setembro de 2012

FÓNIX!

Nunca gostei de me ver discriminado. Nem pela positiva, nem pela negativa.
A menos que não bata a bota com a perdigota e hajam correcções ao discurso do PM, sinto que, mais uma vez, os mais fracos, os que já não têm poder reivindicativo, arcam com o maior peso nesta nova fornada de pão azedo!
Entretanto, continuo à espera que, da mesma forma com que anunciou estes novos apertos, tenha coragem para enfrentar os grandes lobies e nos venha anunciar quais as Fundações da treta que deixam de ter benefícios do Estado, de todos nós; quais os Institutos do tacho que são encerrados e qual o corte efectivo das regalias escandalosas de alguns dos gestores públicos.
Que o faça breve, para que eu, e milhares de portugueses, possamos continuar a crer que todos estes nossos sacrifícios não são em vão, nem direccionados para os mesmos de sempre!
E, já agora, que o papagaio rosa não cavalgue a onda da forma que o está a fazer. Os homens que nos trouxeram a esta situação deplorável, estão todos no seu ninho. É que se este PM está a ser o carrasco, foram eles quem nos conduziram ao cadafalso!
É que, mesmo discriminado, ainda tenho memória!
 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Que grande maldade!


Não se tira o tapete desta maneira. Seguro, sabe-se lá se com alguma azia,  vem, agora,  aplaudir as medidas preconizadas pelo BCE, no sentido de comprar dívida dos países que hajam pedido ajuda externa, logo que estes retomem o financiamento junto dos Mercados. O que, como é óbvio, para além dos juros substancialmente mais baixos, consubstancia uma bóia mais capaz  e algum alívio da pressão.
Questiono-me é a propósito do novo "slogan" a que o dirigente do PS vai dar corpo nos próximos tempos, sabendo da iniquidade do que vem martelando de hora a hora, exigindo da Governo e da Troika "MAIS TEMPO", sabendo que é a partir de Setembro do próximo ano que Portugal volta aos Mercados!
 Isto não se faz, Mário Draghi! Tirou o tapete a quem estava tão seguro dum dos trunfos criativos, e a toda a hora renovados, no esforço para ganhar à bisca, e de novo, o Poder em que a rapaziada do seu partido se viciou... e de que, pelos vistos, tem colhido bons proventos!
É que, prevejo, nem o Governo nem a Troika, perante o actual cenário, irão pedir mais tempo ou dinheiro!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mentes brilhantes!

À Segunda:
- Haviam "almofadas", não eram precisos tantos sacrifícios. O Governo foi além da Troika!
À Terça:
- O Governo falhou! Não vai cumprir o défice!

Valha-nos a Santa Coerência!



 O Vouguinha não enjeita o facto de haver mais que um caminho para os objectivos perseguidos; não aplaude todas as medidas deste Governo; nem tece armas por esta ou aquela personalidade política. Procura é ter a noção do equilíbrio, sem empenhar o seu pensamento em populismos fáceis, os mais apetitosos para o Povo deglutir, na mesa das guerrilhas retóricas, em nome do voto e do poder!
 Algumas forças do nosso espectro partidário, exigem que o Governo peça mais tempo. Outras, mais dinheiro. Lançam-se estas e outras propostas,  estes "slogans" simpáticos para a imagem dessas forças políticas, sem que quem as ouve fique esclarecido do acumular de, ainda,  mais sacrifícios que tais virtuosos "remédios"implicariam.
 Ainda que cheguemos a uma situação em que o recurso a essa hipotética folga, seja uma saída inevitável, entendo que o Governo seja renitente em a solicitar. Não nos iludamos, os Mercados não têm rosto, nem são sensíveis aos nossos "apertos". São interesses financeiros mundiais, sem rosto nem alma. E, se os juros da nossa dívida, têm vindo a baixar, subiriam em flecha no dia em que o Estado formalizasse tal pedido.
  Que seja a "Troika" a dar esse passo, ou outros, menos onerosos,  que nos alivie a pressão,  se tal se lhes afigurar incontornável, mas sem alardes e sem fanfarronices internas, que sirvam de isco a esse glutão insaciável que são os Mercados.

 Até lá, espera-se mais coerência, recato e verdadeiro patriotismo, às mentes brilhantes que nos ofuscam, nesta escuridão a que, elas próprias, nos condenaram! A nós, a quem se apresentam como se nada tivessem a ver com este esburacado e tortuoso caminho em que nos deixaram!