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quarta-feira, 19 de junho de 2013

AINDA A GREVE DOS PROFESSORES...


... que, agora, continuando pelas Avaliações, tem o epicentro na seriedade. Que Mário Nogueira diz o Ministro não ter, sem que eu possa saber o que este do outro dirá.
Quanto ao tema, já tanto escrevi, tanta opinião expressei, que, numa súmula, mantenho a ideia essencial que tenho de todo o desenrolar desta novela: compreendendo as razões que asssistem aos professores em fazerem greves, não concordo, e condeno,a escolha da data da greve a coincidir com os exames nacionais. Sei que foi um braço de ferro entre o Ministro e os dirigentes sindicais, mas não entendo que haja que ser o Ministro a claudicar e não os dirigentes sindicais e seus interesses político-partidários.
Quanto à propalada coragem do Mário Nogueira, ao desafiar Crato a divulgar as gravações das reuniões, entendo-a como sede de espectáculo, sabedor que é do gosto duma larga franja de portugueses pelos "Big Brother".
No que concerne à seriedade dos políticos, dirigentes sindicais incluídos, enquanto braços partidários, a percepção que tenho, destes últimos 40 anos, é que nenhum deles me mereceu total confiança. A única dúvida que persiste na minha memória diz respeito a Sá Carneiro, que, lamentavelmente, não teve tempo de mo comprovar. Porque, conhecendo-lhe as suas intervenções no tempo da "outra senhora", que devorava avidamente na Revista Tempo, em Moçambique e comparando com as que foi proferindo após a revolução, me deu sinais de coerência e de genuína preocupação com a coisa pública deste País. Demonstrou, ainda, que não fazia promoção mediática da sua imagem e era transparente, quando assumiu publicamente o seu relacionamento com a Snu Abecassis, ao invés de manter a fachada dum casamento falhado e visitar as concubinas pela calada da noite nos Hotéis de luxo, como outros políticos poderão fazer.
Mas, este desvio, serviu tão só para reafirmar que não confio nestes políticos que, de há décadas, vão desfilando no palanque do poder, ou nos que se vão desunhando na oposição, à espreita da hora do "banquete".
Não venho advogar a inocência do Ministério, mas, não tenho, como gosto, informações concretas e de fontes independentes, da vigilância de exames por parte de serviçais. Ouvi o Mário Nogueira afirmá-lo, se me lembro, vagamente, sem esclarecer o "onde, o quando e o como". Se foi um caso isolado ou prática generalizada. Enquanto o não souber, encaro essa situação marginal, como um recurso à táctica da máxima de que "a melhor defesa é o ataque" ou, numa visão mais terrena aquele conselho da mãe para a filha, quando esta travava com outra uma discussão: "Chama-lhe.f....., filha, antes que elea te chame a ti"...
Acreditai que gostarei de saber onde e como isso aconteceu para poder fazer um juizo mais esclarecido (todos nós temos um pouco de juízes no ADN, eheheheh).
Admirei sempre a profissão dos professores, verberei sempre a desvalorização do seu nobre estatuto na Sociedade, a perda da dignidade da sua função, para o que, também contribuíu a inabilidade dos sucessivos governos, mas nenhum argumento me demoverá da ideia de que esta "jogada" de marcar a greve para o dia dos exames nacionais, mais taticismo político partidário, inserido na luta contra o Governo, que genuina defesa dos seus direitos, não contribui em nada para o acordar da Minerva que está moribunda no cemitério em que se está a tornar este País.
Queria ter sido sintético, mas estou pior que o S. Pedro e a sua incontinência,  começo a verter ideias e perco os travões.
Mas....procurei ser sério!