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sexta-feira, 28 de junho de 2013

GREVE e TRABALHO...

...  são dois direitos consignados na Constituição Portuguesa.
Sem nos determos na justeza da última Greve Geral, nas razões que assistem para o descontentamento que grassa entre os trabalhadores, sobretudo os da Função Pública e nas Empresas do Estado, pela perda de alguns direitos e regalias, nem querendo opinar a propósito dos objectivos alcançados pelos grevistas ou dos prejuízos dela decorrentes, vou quedar-me pelos direitos à greve e ao trabalho.
 Não sejamos ingénuos, nem procuremos ignorar o óbvio: desde há muito, e pelas mais variadas formas, os designados piquetes de greve, não se limitam, em muitas situações, em tentarem demover, de forma serena e legalmente admissível, os que não pretendem faze-lo. Sabem, ademais, os menos distraídos, que esses piquetes não são, exclusivamente, compostos por trabalhadores das empresas em greve. Juntam-se-lhes activistas, partidarizados, que procuram conduzir o desenrolar da actuação destes piquetes.
  A sua acção, quer pela violência, quer por outras formas que impeçam quem, por convicção, por necessidade ou por motivos próprios, entenda não aderir à greve, não pode ser encarada como um direto. É, ao contrário, uma afronta grave a um outro direito: o direito ao trabalho!
 Já, por aqui, ou noutras plataformas, já lá vão alguns anos,  condenámos uma propalada ida de policiais a algumas sedes sindicais, na véspera de uma greve de professores, indagando de quantos seriam os profissionais a exercer esse direito. Veio,  de seguida, a desculpa de que, a entidade que ordenou essa diligência, o teria feito apenas como busca de informação para articular a segurança do evento. Ainda assim, considerei, e considero, que foi um acto gratuito e inadmissível, porquanto poderia ter sido entendido pelos trabalhadores da Educação como uma forma de pressão ou desmobilização, logo, uma ofensa ao direito à greve.
  É, agora, o momento de, numa visão justa e isenta, condenar a forma como, visionando este e outros vídeos, das movimentações à porta da Estação da CARRIS da Pontinha, mesmo que de autoria duma das partes envolvidas, da área sindical, o piquete procurou impedir a saída dos autocarros  coarctando, assim,  a alguns motoristas, o direito ao trabalho.
 A liberdade não pode ser instrumento de um só grupo. Em Democracia, a liberdade de fazer greve está no mesmo patamar da liberdade de trabalhar. São direitos que, precisamente, quem mais reclama nas ruas e protesta pela perda dos seus direitos, tem a obrigação acrescida de respeitar.
 Mas, isso, deve começar a aprender-se na Escola, na formação cívica, não nos catecismos dos partidos!