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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

AUTÁRQUICAS E AMARGOS DE BOCA

 Pensando, já a frio, os partidos, todos eles, têm motivos para preocupação. Esmiuçando bem, todos perderam. E, no âmbito das autárquicas, continuarão a perder, sempre, as forças partidárias que, para lá de outras realidades preocupantes, alheadas do Portugal real, se arrogam o direito de escolher, a partir de Lisboa, como se a capital fosse o centro do País, que, até em termos geodésicos, está lá por Vila de Rei. Estultos, esquecem que são as suas estruturas locais quem melhor conhece a vontade, os anseios das gentes e o perfil por elas requerido para a gerência dos negócios públicos de cada região. Cozinham uma sopa de interesses, boys e beldroegas, no panelão central, desconhecendo que cada autarquia tem a sua própria ementa, o caldo preferido!...
  É hora dos galifões do centralismo, reconhecerem que pelo País, a exemplo dos "homens bons" do municipalismo do "antigamente", ainda são as forças vivas das aldeias, vilas e cidades, quem tem efectivo "voto na matéria". Transferindo esta imagem para terras longínquas de que, confesso, ainda sou, saudavelmente, nostálgico, estou a lembrar-me que um dos pecados capitais do Partido que tomou as rédeas da governação em Moçambique, logo após a Independência,  foi, precisamente, hostilizar e humilhar as autoridades tradicionais daquele País, tentando quebrar correntes com séculos de existência.
  Que sirva de lição a esse chefões partidários, que, concomitantemente com muitas e outras diversas causas, esta forma centralista das escolhas dos candidatos, não deixa de ser fautora de muitas insónias, amargos de boca e dos maus odores que vão exalando por aí!