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quinta-feira, 3 de abril de 2014

A TERRA GIRA AO CONTRÁRIO


Nem ouso deter-me a teorizar sobre o quanto é dolorosa a chaga social dos sem-abrigo e o sofrimento humano que lhe está associado.. Nem recuso, como ninguém recusará, que dela se extrai a ideia que a Sociedade perdeu um equilíbrio estável e que, regra geral,  a situação se agrava com as crises económicas, mesmo não a tendo como única explicação.
 Sem um tecto, um abrigo digno de seres humanos, serão milhões por esse Mundo fora, mormente na Europa e não variam em razão do sistema social adoptado. Sabemos que países que, numa vertente ou outra, invocamos como exemplo do porvir, não estão imunes a essa chaga. Que sangra, tanto na Suécia, como no Reino Unido ou na terra socialista de Hollande ou na bolivariana Venezuela, onde as jazidas de petróleo não são fonte de energia para quem vive na escuridão das vielas.
 É um fenómeno triste global, mas que não tem por raízes, única e exclusivamente, motivos económicos. Há outros do foro psicológico e comportamentos desviantes do padrão social.
 Compreenderia que qualquer pretendente a governante, viesse a terreiro comprometer-se a fazer da luta pela erradicação dos sem-abrigo uma das suas prioridades. Aceitável, mesmo que, numa visão pragmática e alheada de sentimentalismos abstractos, saibamos que, neste País caído no fundo, o que mais importa, no imediato, é impedir que mais uns milhares tombem nesse fosso e engrossem os habitantes do nada.
 Já não entendo e tenho para mim que a promessa de Seguro em acabar em 4 anos com os sem-abrigo, para lá de intelectualmente desonesta é uma promessa ofensiva da muita ou pouca inteligência que ainda vai perpassando por uma franja crédula desta nossa gente, de quem se esperam votos, como cheques ao portador.

  Este, e outros, babam tiradas demagógicas e espirram promessas tão populistas como inexequíveis, a cada instante, sem que seja notório que lhes seja firmemente verberada a oratória da treta. A Isabel Jonet que, ninguém duvidará, seja qual for o espírito que a mova no seu afã, é das mulheres que mais tem trabalhado para ajudar quem precisa e tem fome, mormente os sem abrigo, assim que, no seu direito e com o seu estatuto naturalmente granjeado de operária social, emite uma opinião própria, com que podemos ou não concordar, só não é queimada na fogueira atiçada pelos mixordeiros da retórica balofa e inútil, porque a espuma dos dias e a chuva que vai caindo, têm apagado o fogo!
  É hora dos cientistas repensarem o movimento de rotação da Terra. Que, por mais que nos fixemos no seu eixo, só a vemos girar ao contrário!...