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segunda-feira, 21 de abril de 2014

PAPOILAS SALTITANTES....



























  



 Ainda no rescaldo festivo das papoilas saltitantes, dou comigo a cogitar no fenómeno desportivo, que agita multidões, que faz vibrar de alegria, mesmo aqueles que se esforçam por seguir na vida pelo braço da Razão. Comum, a propósito, ouvir-se a frase de que os portugueses pautam a sua existência por "Fátima, Futebol e Fado". Dir-se-á, mesmo, que, em tempos de dificuldades acrescidas, co
mo os que ora vivemos, é alienante tanta atenção ao futebol e desmesurada a paixão pelos clubes de eleição de cada um de nós; que será, até, uma forma de dos dispersarmos e distrairmos de causas bem mais reais que perpassam pelo dia a dia do quotidiano; que é um ópio do Povo, este entusiasmo, o frenesim emocionado pelas vitórias, pelas conquistas.
É a voz da Razão, fria e calculista, a pensar e a ditar regras. De braço dado com o gelo dos números, dos cálculos, dos juros, das mais valias, como se o Homem, na sua essência, fosse uma máquina de calcular, um robot programado, uma Bimby com botões inteligentes.
Penso não sermos tanto ou só assim. Sinto que a natureza humana é um acumulador de sentimentos, de emoções, de Alma, concebido para conviver com alegrias e tristezas, para palpitar e reagir aos estímulos da própria vida, mesmo que ajustada à convivência social.
E, é por pensar assim, que não somos robots programáveis, é que - por mais nobre que seja o utópico objectivo final -, não acredito em socialismos científicos, que nos transformem em soldadinhos de chumbo alinhados em formatura, máquinas de lavar comandadas por electrodos, peças metálicas sem alma, sem sentimentos, sem emoções, sem sonhos, sem ambições, sem reconhecimento do mérito.
Afinal, a Política e o Futebol, não andam tão desavindos como andou o Marquês com os Jesuítas!....