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sábado, 9 de agosto de 2014

O CABO DAS TORMENTAS...


... DO MAR SALGADO  A "coisa" deu-se. Como já havia dado noutros e continuará a dar-se,  se Supervisores e Reguladores, por falta de meios, de poderes ou de vontade, não forem proactivos e continuarem como bombeiros aquartelados esperando que a sirene toque.
 Aquilo que já configurava um Estado dentro do Estado, desde há décadas, tal como aquele em que tinha espaço visível, encalhou, submergiu, afundou-se com 
os haveres que restavam, com comandante, imediatos, tripulantes e uma imensidão de passageiros a bordo.
O Poder, os poderes, tarde e mal, a tempo e bem, lançaram uns coletes salva vidas e tentaram resgatar o que ainda se podia salvar.
Não sei, duvido que alguém saiba, que, nestes apertos e naufrágios não é fácil decidir no imediato, se foi encontrada a melhor fórmula, mesmo que, nesta terra de sábios e milagreiros, ainda ninguém haja, objectivamente, para lá das prosápias circunstanciais, apontado melhores alternativas.
Os saudosos do Stalin, sempre coerentes, reconheçamos-lhes esse dom,  sem surpresa, bateram-se pela nacionalização pura e simples, deste e de todos,  que para esses românticos passadistas, imagino eu, nacionalizadas deviam ser as Almas, os Pensamentos, a Lua, o Sol e as nuvens, por onde flutuam os seus ideais.
Os bloquistas, esses, ao que transpareceu, mais do que soluções alternativas, que não ouvi nehuma, de qualquer dos seus dois megafones,  mostram mais interesse em crucificar o manda chuva desta tempestade, o Adamastor deste nosso Cabo das Tormentas.
Os cata-ventos da Rosa, vão-se atirando, como gatos aos bofes, às soluções encontradas pelo Poder a que aspiram, esgadanhando, como felinos de laçarote, prontos a comerem a sardinha de corrida, que está a chegar, mais das lotas europeias que da nossa arte xávega. Quanto a alternativas, cala-te boca, que isso não interessa, nem é mais valia para o seu objectivo imediato!
Com toda esta encenação, lá vão ministros, lá lá vão supervisores e reguladores, à Arena da Fiscalização, a quem a Constituição outorga esse poder. Ligam-se as televisões, apinham-se os jornalistas e levanta-se o pano de mais um peça, que, com alguns actos e cenas de bolinha, não passará de um espectáculo mediático. Que nada resolve, nada prova, nada apura, acusa ou redime, para lá de satisfazer a coscuvilhice pública e a preparação de terreno para as disputas caça-votos. Depois do pano cair, resultados objectivos? Nenhuns! Zero, vírgula, zero!....
Nos bastidores, o sacudir dos capotes e limpar os cenários. que a culpa foi da CMVM, que foi do BP, que foi dos Ministros, que foi do Barrabás, que a do tubarão salgado, já todos a descobrimos e queremos ver em salmoura!
A estes, a esses, aqueles e aqueloutros, a todos os pirilampos que são vistos pelo Mundo fora, pelos faróis dos Mercados, pelos radares dos investidores e por toda uma plateia que nos avalia o valor dos dedos onde já houveram anéis, só faria um pedido: Calem-se! Deixem que se salve o que ainda há para salvar. Que se recupere o que ainda for possível recuperar.
E, que, isso sim, não deixem de fazer com que os lesados sejam ressarcidos do esbulho de que foram vítimas e que não haja clemência, nem amizades, nem irmandades.....  para os "trafulhas" e piratas, de olhos de cristal e perna douradas,  de mais esta "pilhagem" e afundamento!