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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O DIA "D" DA JUSTIÇA


  Inédito! Até que enfim! A Justiça acordou!...

  Li e ouvi, nas últimas horas,  em rebate, como os sinos de bronze que ainda não foram para a sucata.
  Vou tapando os ouvidos e esfregando os olhos, lutando em conflito aberto com o meu carácter de desconfiado penitente, enquanto projecto no Futuro, a manta de linho, que vai passar pelos teares da Relação, do Supremo ou, até, do Constitucional.
  Godinho, o mexilhão com sabor a robalo, levou com a dose mais substancial. Que,  dezassete anos, é tempo para que um bebé cresça e ganhe pelo na venta. Vara e outros camaradas nesta desdita de estupro da malapata, da primeira vez que um ex-Ministro leva com a tábua cega da Justiça, andam por ali a roçar na medíocre nota cinco.
  Inédito? É, enquanto primeira vez, senão contarmos com o "episódico" ministro de Durão Barroso, aquela controversa figura de Oeiras que é Isaltino Morais.
 Com fôlego, para exemplo e alavanca que eleve até ao palanque onde é desejável que a Justiça esteja sempre? Duvido.
 Isto, foi a 1ª Instância, sabe-se lá se disposta a dar um abanão nesta tina nacional de águas pútridas. Que, se o fez, dentro um quadro legal e sem se deixar intimidar pela legião de irmãos em loja, merece que cantemos, aos juízes do Tribunal de Aveiro, como cantavam os versos do trovador camarada do condenado Armando "
 ....mesmo na noite mais triste em tempo de servidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não. ".
  Mas, nada é líquido e definitivo nas ondas e marés judiciais. Umas vezes por culpa dos homens da toga, outras, a maioria, pelo pendor garantístico dos Códigos, o que os primeiros acordaram  é, pura e simplesmente, desbaratado pelas decisões de outros patamares.
  Poderá ser lugar comum, teoria estafada, mas é fungo recorrente, sabermos que, de recurso em recurso, com passagens por gente "simpática", com dinheiro e poder para expedientes dilatórios, exploração de pinchavelhos de parágrafos, onde até pode aparecer uma vírgula milagreira, podemos assistir, ao longo de muitos anos, que poderão já não ser em vida nossa, as condenações de 5 anos, andarem de batalha em batalha até à absolvição ou prescrição final!

 Que o sucateiro, o mexilhão de toda esta Face Oculta, mesmo aproveitando-se de todos os expedientes dos demais, mesmo logrando reduzir a pena para menos de metade, será o único a dar com as suas costas de aço atrás das grades! Vidente, eu? Não. Palpites de "saber empírico".....
   Por tudo, é que me recuso a considerar este o dia "D".
  Pois que, a ser, o que vai contar é o Dia "F", de final, a que estes olhos, já agora,  velhos e cansados, ainda gostavam de assistir e reconhecerem que pintaram mal o quadro desta Face Oculta!
  E que este País passou a ser um Estado de Direito! Pleno e objectivo!