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domingo, 23 de novembro de 2014

OS NOVOS REACIONÁRIOS

Ontem, à noite, perdi algum tempo a saltitar pelos canais informativos, para me actualizar com as últimas cenas da trágico-comédia do momento.
E, o que vi e ouvi das sapientes cordas vocais de alguns iluminados comentadores, confirmou-me aquilo que eu já ia pressentindo: uns, que o craque das "criminovelas", é uma vítima da Justiça, que, mais do que hajam sido os delitos de que é suspeito, importa relevar o espectáculo mediático que envolveu a sua prisão; outros insinuando que estamos a caminho duma República de Juízes, que até têm medo de viver num País assim; outros, ainda, inculcando no Juiz Carlos Alexandre todas as desgraças que se vêm sucedendo, quando sabemos que aquele ainda nem sequer teve qualquer intervenção decisória em todo este processo. 
Como todos os que prezam uma Estado de Direito, também eu respeito a presunção de inocência, mesmo que o visado haja passado por entre muitos pingos de chuva ácida, mas, o que depreendi de todas aquelas almas chorosas, daquele inconformismo perante os "azares" do seu ídolo, foi de que estamos perante a reacção daqueles a quem interessa que tudo continue na mesma, que não se vasculhem as lojas sujas, as capelinhas de interesses e os negócios obscuros que vêm dilacerando este País.
A táctica, agora, quando a Justiça parece querer acordar da letargia onde figuras, de fora e de dentro, a terão mantido durante tanto tempo, é denegri-la, criar um ambiente propício a desmobilizar os magistrados, descredibilizar os investigadores e os Tribunais, criando uma nebulosa que confunda e baralhe, para que o satus quo permaneça.
Falta de pudor, de vergonha, talvez de pânico, de indivíduos e de grupos desta nossa Sociedade que medraram à custa da rebaldaria que tem sido sido a negra auréola dos poderes neste País, que já teve cunho de Gente Honrada!
Mais, não me dá especial prazer se é o Zé do Rato, se o António do laranjal, o Manuel da Madalena, o Mao da esquerda, ou o Alfredo bolchevique, a prestarem contas na Justiça. Que sejam todos os que têm vilipendiado esta Nação de Séculos e os que, enquanto o Povo definha, vão engordando os seus pecúlios pessoais, familiares e grupais, e desmerecendo dos que, acredito que ainda hajam muitos, que abraçaram a Política com sentido de Servir e não se servirem.
Deixem a Justiça trabalhar, que, o tempo dos xicos-espertos, não pode durar sempre.